domingo, 28 de março de 2010

Como treinar seu dragão

Há cenas muito bem feitas neste novo lançamento da DreamWorks Animation. A animação em computação gráfica, por vezes, parece feita com bonecos "de verdade", e não pixels de computador. É mais um filme a aproveitar a onda de produções em 3D que invadiu o mercado, contando a história de um jovem chamado "Soluço", que não é exatamente o que seu pai viking queria. Ao contrário de seus companheiros, Soluço não tem a mínima vontade de seguir a tradição de sua vila, que é lutar contra os dragões que os atacam regularmente. Um dia, no entanto, em um golpe de sorte, Soluço consegue ferir o dragão mais terrível de todos, chamado de "Fúria da Noite", que cai na floresta. Ao ir até ele, ao contrário de matá-lo, como seria o esperado, acaba fazendo amizade com o dragão.

A animação foi dirigida pela mesma dupla de "Lilo & Stich" (2002), Chris Sanders e Dean Deblois, e o visual dos dragões herdou muito daquele filme. Soluço batiza o dragão de "Banguela" e constrói uma "prótese" para um pedaço da cauda dele, que havia sido perdida. Os dois passam então a se ver todos os dias. "Banguela" leva o garoto para voar em cenas que fizeram a alegria da garotada que lotava o cinema, fazendo uso muito bom da tecnologia em três dimensões (lembrando cenas similares de "Avatar", em menor escala). O ritmo não tem a pressa normalmente encontrada em animações recentes mas, infelizmente, o roteiro não chega a gerar muito interesse. O fato de ser um filme infantil impede que a ameaça dos dragões seja levada muito a sério pelo espectador, já que ninguém morre ou mesmo fica muito ferido nos ataques. Há apenas uma cena muito bem feita em que Banguela leva Soluço até o ninho dos dragões e ele descobre o porquê deles roubarem comida dos humanos.

Fora esta cena e alguns momentos interessantes que mostram a integração de Soluço com Banguela, "Como treinar seu dragão" não tem muito mais a oferecer. Mas é bonito, bem feito e não ofende a inteligência de ninguém.


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